sexta-feira, 29 de junho de 2018

Passarim


Passarim
Caio Padilha
Chorava então por trás dos olhos
já nem tão jovem, nem tão velho
E como nunca, aquela saudade soando
Soando como uma tristeza de jeca:
- Para onde sabiá?
-Para quem currupião?
Os olhos correndo o chão.
Pés descalços, infantis,
Imaginando uma casinha longe, de sapé,
Para quê?
Na distância, aquela saudade,
a que sempre se volta,
E quando não volta ele lembra.
Lembra e não volta.
Recorda, e não volta.
Saudade, enfim, revolta.



Saudade é uma casinha de sapê,
distante no fim do mundo
Muito longe de você.



É um passarinho
voando sozinho
comendo pouquinho
cantando baixinho
tadinho
arrepiadinho
todo encolhidinho
c’os “zóio” fechadinho!



Ai, ai que saudade d’ocê
Ai, ai que saudade d’ocê
Ai, ai que saudade
Ai que saudade
Ai, ai que saudade d’ocê!

O Palhacinho

Eu vou contar a estória Do palhacinho Pimpão Era um palhaço engraçado Que só mexia com a mão Trá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá Trá, lá, lá...