sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

O sabiá e o Pardal

O sabiá e o Pardal





O sabiá disse para o pardal:
- Não vem, não vem cantar no meu quintal.
O sabiá disse para o pardal:
- Não vem, não vem cantar no meu quintal.
O quintal é meu, o quintal é meu, o quintal é meu
'cê não vai cantar aqui.
O quintal é meu, o quintal é meu, o quintal é meu
É melhor você fugir.

Mas o pardal disse ao sabiá:
-O mundo é livre eu canto em qualquer lugar.
Mas o pardal disse ao sabiá:
-O mundo é livre eu canto em qualquer lugar.
O quintal não é seu, o quintal não é seu,
é dos passarinhos que são livres pra voar.
O quintal não é seu, o quintal não é seu,
o quintal não é seu, quero a vida alegrar.

O sabiá disse para o pardal:
-Cantemos juntos e assim será legal!
O sabiá disse para o pardal:
-Cantemos juntos e assim será legal!
O quintal é meu, mas também é seu 
e dos passarinhos que são livres pra cantar.
O quintal é meu, mas também é seu 
e dos passarinhos que são livres pra cantar.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Marreco

Dança do Marreco








Eu tenho um marreco lá em casa
Foi ele que me ensinou o tchá tchá tchá
Ele pula pra lá, ele pula pra cá,
No bamboleio, do tchá tchá tchá
Tchá tchá tchá

Ele pula pra lá, ele pula pra cá,
No bamboleio, do tchá tchá tchá
Tchá tchá tchá

O marreco eu não vendo e nem troco
Pois foi ele que me ensinou o tchá tchá thá
Ele pula pra lá, ele pula pra cá,
No bamboleio, do tchá tchá tchá
Tchá tchá tchá

Ele pula pra lá, ele pula pra cá,
No bamboleio, do tchá tchá tchá
Tchá tchá tchá

No tchá tchá tchá, queim queim (7x)
No tchá tchá tchá

Eu tenho um marreco lá em casa
Foi ele que me ensinou o tchá tchá tchá
Ele pula pra lá, ele pula pra cá,
No bamboleio, do tchá tchá tchá
Tchá tchá tchá

Juriti

Juriti

Byafra

 






Voa juriti
Vê se não liga não
Seu canto é mais forte
Que a estação
Vê se pousa em um galho
E aprenda a viver
Como um galho
Quebra o galho prá você

(Voar) Vê se esconde o cinza celeste
(No ar) Vê se ocupa o espaço celeste

Irerê

Bachianas Brasileiras No. 5 - Dança (Martelo)

Heitor Villa Lobos








Irerê meu passarinho do sertão do Cariri,

Irerê meu companheiro,

Cadê viola ? cadê meu bem ? cadê maria ?

Ai triste sorte do violeiro cantadô !

Ah ! sem a viola em que cantava o seu amô,

Ah ! seu assobio é tua flauta de irerê:

Que tua flauta do sertão quando assobia,

Ah ! a gente sofre sem querê !

Ah ! teu canto chega lá no fundo do sertão,

Ah ! como uma brisa amolecendo o coração,

Ah ! ah ! irerê, solta o teu canto !

Canta mais ! canta mais ! prá alembrá o cariri !

Canta cambaxirra !

Canta juriti ! canta irerê !

Canta, canta sofrê

Patativa ! bem-te-vi !

Maria acorda que é dia

Cantem todos vocês

Passarinhos do sertão !

Bem-te-vi ! eh ! sabiá !

La ! liá ! liá ! liá ! liá ! liá !

Eh ! sabiá da mata cantadô !

Liá ! liá ! liá ! liá ! lá ! liá ! liá ! liá ! liá ! liá !

Eh ! sabiá da mata sofredô !

O vosso canto vem do fundo do sertão

Como uma brisa amolecendo o coração

Irerê meu passarinho do sertão do cariri,

Irerê meu companheiro,

Cadê viola ? cadê meu bem ? cadê maria ?

Ai triste sorte do violeiro cantadô !

Ah ! sem a viola em que cantava o seu amô,

Ah ! seu assobio é tua flauta de irerê:

Que tua flauta do sertão quando assobia,

Ah ! a gente sofre sem querê !

Ah ! teu canto chega lá no fundo do sertão,

Ah ! como uma brisa amolecendo o coração,

Ah ! ah ! irerê, solta o teu canto !

Canta mais ! canta mais ! prá alembrá o cariri !

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Foi Tupã

Foi Tupã

Canções escoteiras









Foi tupã
Foi tupã, foi tupã,
Sou tabajara
Sou tabajara da terra de tupã,
Tem papagaio, arara maracanã
Todas aves do céu
Quem nos deu foi tupã.
Foi tupã, foi tupã, foi tupã.

Araponga

Araponga


Duo Brasil Moreno










Araponga lá na mata
Quando bate, bate faz um baita barulhão
Eu também sinto um amor bater
Na porta do coração

Araponga quando cansa
Bate as asas, voa e não volta mais
Mas esse amor dentro do peito
Nunca que me deixa em paz

Ele me amola e me atormenta
E bate, bate sempre sem parar
Até que eu pra não ficar maluca
Abro a porta e o deixo entrar

Araponga lá na mata
Quando bate, bate faz um baita barulhão
Eu também sinto um amor bater
Na porta do coração

Araponga quando cansa
Bate as asas, voa e não volta mais
Mas esse amor dentro do peito
Nunca que me deixa em paz

Ele me amola e me atormenta
E bate, bate sempre sem parar
Até que eu pra não ficar maluca
Abro a porta e o deixo entrar

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Andorinha

Voa Bicho


Milton Nascimento







Andorinha voou, voou
Fez um ninho no meu chapéu
E um buraco bem no meio do céu
E lá vou eu como passarinho
Sem destino nem sensatez
Sem dinheiro nem pra um pastel chinês.

A andorinha voou, voou
Fez um ninho na minha mão
E um buraco bem no meu coração
E lá vou eu como um passarinho
Como um bicho que sai do ninho
Sem vacilo nem dor na minha vez.

A andorinha voa veloz
Voa mais do que minha voz
Andorinha faz a canção
Que eu não fiz
Andorinha voa feliz
Tem mais força que minha mão
Mas sozinha não faz verão.

A andorinha voou, voou
Fez um ninho na minha mão
E um buraco bem no meu coração
E lá vou eu como um passarinho
Como um bicho que sai do ninho
Sem vacilo nem dor na minha vez.

Avestruz

X-tudo e o Avestruz

Hélio Ziskind











papagaio, beija-flor, galinha, urubu,
são aves

Na África
vive
a maior ave do mundo.

é grande dá pra montar;
com um chute pode matar;
quando corre, chega a 70 Km por hora;

é capaz de comer
pedra, arame, galho, grama,
relógio, anel,
bola de gude
COME TUDO!
X - Tudo
é pernudo, pescoçudo,
tem pena macia
põe um ovo enorme
que parece melancia

É ave
mas não voa
Quem sabe o nome dela?

Nunca fala nada
come X-tudo.
A-ves-truz
é mu-do.

(dá pra repetir?)

Araruna

Araruna

Edinho Paraguassu
  




Eu tenho um pássaro preto, Araruna
Que veio lá de Natal, Araruna
Eu tenho um pássaro preto, Araruna
Que veio lá de Natal, Araruna
Xô, xô, xô Araruna
Xô, xô, xô Araruna
Xô, xô, xô Araruna
Não deixa ninguém te pegar Araruna!

Araruna

Araruna

Marluí Miranda






Araruna anarê ê
Araruna anarê
Araruna anarê (bis)
In'y keu'y köwaná
Araruna anarê

Araruna barsare nikãre
Araruna mã dare wüsare
Aeore mã waiá
Mã dare wüsare
Aeore mã waiá

(bis)
Iwadjuwé araruna
Iwadjuwe araruna
Araruna mã waiá
Iñi keu'y köwaná
Araruna mã waiá

Mã torí yü tutigü
Mã ürsá perkámen pü
Mã tori yü tutigü
Mã ürsá perkámen pü
Mã tori yü tutigü
(/bis)

Araruna anarê ê
Araruna anarê
Araruna anarê
In'y keu'y köwaná
Araruna anarê

(araruna, arara azul, voa.
Será que essa arara azul é minha?
É minha ou sua?
Araruna canta agora, araruna vamos trabalhar.
Aeore vai, nós vamos trabalhar,
Aeore vai, araruna, arara azul, voa.
Será que é minha ou sua arara azul?)

Mutum

Piado de dois mutuns

Folclore






No fundo da mata eu vi
Piado de dois mutuns
Piava e redobrava, oi morena
Oi tum, tum, tum ,tum

Debaixo do mandicá
Eu vi dois mutum piar
Piava e redobrava, morena
Oi tum, tum, tum ,tum

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Inhambu xitã

Xitãozinho e Xororó

Tonico e Tinoco












Eu não troco meu ranchinho
Amarradinho de cipó
Por uma casa na cidade
Nem que seja bangalô.
Eu moro lá no deserto,
Sem vizinho eu vivo só
Só me alegra quando pia
Lá praqueles cafundó

O inhambu-xitã e o xororó
É o inhambu-xitã e o xororó

Quando rompe a madrugada,
Canta o galo carijó
Pia triste a coruja,
Na cunhera do paiol
Quando vai o entardecer,
Pia triste o jaó
Só me alegra quando pia
Lá praqueles cafundó

É o inhambu-xitã e o xororó
É o inhambu-xitã e o xororó

Eu não dou com a terra roxa,
Com a seca larga o pó
Na baixada do areião,
Eu sinto um prazer maior
A rolinha quando anda,
No areião faz caracó,
Só me alegra quando pia
Lá praqueles cafundó

É o inhambu-xitã e o xororó
É o inhambu-xitã e o xororó

Eu faço minha caçada,
Bem antes de sair o sol
Espingarda cartucheira,
Patrona de tiracó,
Tenho buzina e cachorro,
Pra fazer forrobodó
Só me alegra quando pia
Lá praqueles cafundó

É o inhambu-xitã e o xororó
É o inhambu-xitã e o xororó

Quando eu sei de uma noticia,
Que outro canta melhor
Meu coração dá um balanço,
Fica meio banzaró
Suspiro sai do meu peito,
Que nem bala joveló
Só me alegra quando pia
Lá praqueles cafundó

É o inhambu-xitã e o xororó
É o inhambu-xitã e o xororó

Ave Guará

Ave Guará

Bixo de 7 Kabeças




Olhos sagrados de proteção

Das ilhas, lagoas, dos córregos, igarapés

Teu canto de luta anuncia outro longo dia

Contra a extinção


AVE GUARÁ ( 3 X )


O vermelho de tuas penas

Reluz onde as lutas e guerras

Transformam-se em paz

Tua presença, teu canto desperta no homem

A grande vontade

De liberdade


AVE GUARÁ


Sobrevoando as Américas

Guardiã calma e serena

Das florestas tropicais


AVE GUARÁ ( 3 X )

Flamingo

Flamingo

ZooParky











ELE TEM PERNAS QUE PARECEM UM PALITO SE EQUILIBRANDO COM SEU BICO BEM COMPRIDO LÁ VAI O FLAMINGO TODO COLORIDO OLHA MAIS QUE AVE FENOMENAL (BIS) VOA SEMPRE EM BANDO NO LAGO PROCURANDO UM PEIXE DE ÁGUA DOCE BEM GOSTOSO PARA ALMOÇAR DORME SEMPRE EM PÉ NUMA PERNA SÓ, QUE LEGAL PARECE QUE NO CIRCO ELE APRENDEU A USAR PERNA DE PAU.

Ema

Canto da Ema

Jackson do Pandeiro





A ema gemeu no tronco do Jurema
A ema gemeu no tronco do Jurema
Foi um sinal bem triste, morena
Fiquei a imaginar
Será que é o nosso amor, morena
Que vai se acabar?

Você bem sabe que a ema quando canta
Traz no meio do seu canto um bocado de azar
Eu tenho medo, morena, eu tenho medo
Pois acho que é muito cedo
Pra esse amor se acabar

Vem, morena, vem, vem, vem
Me beijar, me beijar
Dá um beijo, dá um beijo
Pra esse medo se acabar

domingo, 11 de fevereiro de 2018

A coruja


A coruja





No meio da floresta
morava uma coruja
E nas noites de lua
Ouvia seu cantar:
Tuitui, tuitui
tuitui, turututui
Guiri ram tchan tchan 2x
Verave guri guri guri ram tchan tcham

Corujinha

Corujinha

Vinicius de Moraes


Corujinha, corujinha
Que peninha de você 
Fica toda encolhidinha 
Sempre olhando não sei que 
O teu canto de repente 
Faz a gente estremecer 

Corujinha, pobrezinha 
Todo mundo que te vê 
Diz assim, ah! coitadinha 
Que feinha que é você 

Quando a noite vem chegando 
Chega o teu amanhecer 
E se o sol vem despontando 
Vais voando te esconder 
Hoje em dia andas vaidosa 
Orgulhosa com quê 

Toda noite tua carinha 
Aparece na TV 
Corujinha, corujinha
Que feinha é você!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Dez Patinhos

Dez Patinhos

Aquarela Kids





OLHA, QUANTOS OVINHOS A DONA PATINHA TÊM
VÁRIOS FILHOTINHOS VÃO NASCER VEJA, UM OVO JÁ ESTÁ RACHANDO, VEM VINDO ALGUÉM QUE GRACINHA É O SEU BEBÊ ESPERA, RACHOU OUTRO OVO OLHA QUE LEGAL! A DONA PATINHA JÁ TEM UM CASAL MAS JA TEM MAIS TRÊS OVOS QUEBRANDO JUNTOS! OH YE AGORA JÁ TEM 6 PATINHOS NO LOCAL QUANTOS SERÁ QUE VÃO NASCER AFINAL? FORAM TANTOS PATOS QUE FIQUEI CONFUSO DEZ PATINHOS! OLH A QUE LEGAL NASCERAM 10 PATINHOS TODOS ELES PARECEM MUITO BONITOS OPA, ESPERA UM POUCO, MAS O QUE É ISSO? UM PATINHO, DE TODOS OS PATOS, ESSE É ESQUISITO ELE É DIFERENTE DO SEUS IRMAÕZINHOS NINGUÉM QUER BRINCAR COM ELE, COITADINHO (ELE É FEIO, OLHA! ELE É FEIO) DONA PATA ENTÃO BRIGOU COM OS SEUS FILHOTINHOS ELE SÓ É DIFERENTE, NÃO DEIXEM ELE SOZINHO MAS NINGUÉM OBEDECEU, TODOS FICARAM RINDO E ENTÃO "PATINHO FEIO" VIROU O SEU APELIDO PATINHO FEIO ENTÃO SE AFASTOU BEM CHATEADO ELE FICOU MESMO COM TUDO NÃO PAROU E AMIGOS NOVOS PROCUROU ELE CONTINUAVA COM AQUELA ESPERANÇA: ALGUM DIA VOU ENCONTRAR ALGUÉM QUE ME AMA O PATINHO FEIO ERA LINDO DE VERDADE NO FUNDO DO CORAÇÃO NÃO EXISTIA MALDADE COM CERTEZA EM ALGUM MOMENTO, CEDO OU TARDE IA ENCONTRAR UMA GRANDE AMIZADE PATINHO, PATINHO, ELE OUVIU UM GRITO NÃO TO ACREDITANDO, FALARAM COMIGO? PRA SUA SURPRESA NÃO ERA ZOEIRA ESTAVAM O CHAMANDO PRA UMA BRINCADEIRA PATINHO, PATINHO, - TE VIMOS SOZINHO SE VOCÊ QUISER PODE SER NOSSO AMIGO OLHA QUE BELEZA EU TINHA CERTEZA QUE VOCÊ IRIA ACHAR ESSA RIQUEZA: BONS AMIGOS !!! PATINHO QUÁ QUÁ AGORA TEM AMIGOS NA VERDADE ISSO QUE É O MAIS BONITO TODOS DIFERENTES, MAS SEMPRE UNIDOS BONS AMIGOS!




Catira do passarinho

Catira do Passarinho

Celso Pan e Jacqueline Baumgratz





No pé da laranjeira
Tem um ninho de barro
Pode ser do João
     A       D
João-de-Barro
Pode ser do João
     A       D
João-de-Barro
D
Sabiá laranjeira
Tem o peito dourado
Voa, canta canção
         A            D
Pros namorados 
Voa, canta canção
         A            D
Pros namorados
        A                  D
Queria ser passarinho
            A                  D
Pra poder olhar pra baixo
         G              D
 Ver tudo pequenininho
A                           D
Casa, cavalo e riacho

Papagaio Reginaldo

Papagaio Reginaldo

Palavra Cantada





Havia um papagaio que chamava Reginaldo
Com uma vida natural
No meio do pantanal
Amigo da graúna, tartaruga e do tatu
Vaga-lume, da cotia, jacaré e jaburu
Tinha flores, tinha frutos, tudo era uma beleza.
Todo mundo em equilíbrio com a mamãe natureza.
E na árvore na montanha, tinha um galho e no galho.
Reginaldo fez seu ninho
Oh, que ninho! Lindo ninho!
Ai, ai, ai que amor de ninho!
O ninho no galho, o galho na árvore.
E a árvore na montanha olê ia ô.
A árvore na montanha olê ia ô.
A árvore na montanha olê ia ô.
A árvore na montanha ôôôô...
Mas um dia Reginaldo conheceu um novo bicho
Que surgiu tão de repente
Meio feio e esquisito,
Pois andava em duas patas
Tinha boca sem ter bico.
Quem será esse intruso, que parece um chimpanzé?
Será que come papagaio, o que será que ele quer?
Perguntou ao vaga-lume: Como chama esse bicho?
Esse bicho chama homem, chama humano, chama gente
Chama moço, chama cara, chama como se quiser
O que será que ele quer?
Reginaldo viu que o homem era sem educação,
Pois cortou a sua árvore sem nenhuma explicação.
E cortou aquele galho, nem ligou que tinha um ninho
O seu ninho bonitinho, feito com o maior carinho.
Reginaldo não gostou e foi falar com aquele moço
Por um triz que o machado não cortou o seu pescoço.
Mas a vida continua, foi fazer sua malinha.
Deu adeus à sua casa, foi dormir com as andorinhas.
Que arrumaram uma caminha, toda feita de peninha.
Ai, ai, ai, mas que amiguinhas!
Bonitinhas!
Quando todos já dormiam, acordaram de repente
Era um fogo que queimava o que via pela frente.
Um barulho, gritaria! Jacaré pra todo lado!
Tatu de rabo queimado
E a tartaruga que pedia uma ajuda pra correr
E graúna procurava alguma água pra beber
Reginaldo assustado bateu asas e voou
Quase morre sufocado na fumaça que soprou
Só voltou de manhãzinha para ver o que restava
Onde estava seus amigos e a floresta que ele amava?
Que foi feito do seu mundo?
Oh, que mundo! Vasto mundo.
Ai, ai, ai que amor de mundo!
Reginaldo ali sozinho, bem quietinho ele chorou
Tudo tinha se perdido, o seu mundo acabou
Sentado numa pedra um barulho ele escutou
Quando viu já era tarde era cocô que desabava
De um bumbum de boi malhado que agora ali pastava
Quase enterra Reginaldo de maneira mais bisonha.
Mas que boi mais sem vergonha!
Ainda veio com esse papo que lugar de papagaio é em cima de um galho
Ai meu galho! Lindo galho!
Onde foi parar meu galho?
O galho na árvore
E a árvore na montanha olê ia ô.
A árvore na montanha ôôôô...
Mas o fato é que a floresta virou um imenso pasto
E o pasto é um vazio
Com os bois comendo mato
Sem contar com o cupim
E um monte de carrapato
Reginaldo desolado foi voando assim sem rumo
E falou para si mesmo: Tudo bem, eu me acostumo.
Quando então ó que surpresa! Um pau reto ele avistou
Mas que estranho objeto, era um poste de concreto.
E no alto desse poste ele fez um novo ninho
Oh que ninho bonitinho!
Ai, ai, ai que amor de ninho!
O ninho no poste, o poste no pasto
Reginaldo relaxou e até que ficou legal
Cantava pra esquecer como era o pantanal
E ali se acostumou com os bois parados de bobeira
Comendo capim verde pra acabar na churrasqueira
Mas vejam só a peça que o destino lhe pregou
Foi comer grão de bico, uma arapuca o pegou
Reginaldo foi caçado por um homem bem matreiro
E vendido na gaiola para um grande fazendeiro
E aprendeu falar palavras, repetir tantas bobagens
Pra quê serve um papagaio aprender nossa linguagem?
E cortaram sua asa, suas penas bem no meio
Pra que ele não voasse e vivesse num puleiro
Ai, ai, ai mas que fuleiro!
O puleiro no galho, o galho da árvore.
E a árvore na montanha olê ia ô.
A árvore na montanha olê ia ô. (15x)

Carcará




Carcará

João do Vale





Carcará!
Pega, mata e come
Carcará!
Num vai morrer de fome
Carcará!
Mais coragem do que homem
Carcará!
Pega, mata e come
Carcará!

Lá no sertão...
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião

Carcará....
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando
Carcará...
Vai fazer sua caçada
Carcará...
Come inté cobra queimada

Mas quando chega o tempo da invernada
No sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada

Carcará!
Pega, mata e come
Carcará!
Num vai morrer de fome
Carcará!
Mais coragem do que homem
Carcará!
Pega, mata e come

Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa no bico inté matá

Carcará!
Pega, mata e come
Carcará!
Num vai morrer de fome
Carcará!
Mais coragem do que homem
Carcará!
Pega, mata e come
Carcará!

Canário do Reino

Canário do Reino

Tim Maia





Não precisa de dinheiro
Pra se ouvir meu canto
Eu sou canário do reino
E canto em qualquer lugar

Em qualquer rua de qualquer cidade
Em qualquer praça de qualquer pais
Levo o meu canto puro e verdadeiro
Eu quero que o mundo inteiro
Se sinta feliz

Cau ê, cau á
Não precisa de dinheiro pra me ouvir cantar
Cau ê, cau á
Sou canário do reino, canto em qualquer lugar

Beija Flor

Beija Flor

Raquel Durães




A minha casa tem uma varanda grande Um beija flor num belo dia veio aqui Ele vem sempre namorar a minha rosa
E de tão prosa perfumou todo o jardim Eu sei que é ele, porque chega bem cedinho E num carinho manda beijo para mim Mas quando a chuva cai bonita no telhado Ele fica atrapalhado, esquece o beijo eu canto assim Vai beija flor, voa pro seu ninho Antes beija flor, vem aqui me dar beijinho Vai beija flor, voa pro seu ninho Antes beija flor, vem aqui me dar beijinho


Assum Preto





Assum Preto

Humberto Teixeira /Luiz Gonzaga







Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis)

Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá mió (bis)

Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vezes a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis)

Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus..

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Cantigas de sabiá

Cantigas de sabiá


Rubinho do Vale










Xô meu sabiá, xô minha zabelê
Toda madrugada eu sonho é com você
Se você não acredita eu vou sonhar pra você ver

Sabiá laranjeira, ouço o teu cantar bem perto
Eu saí te procurando, mas, a noite foi chegando
Eu me perdi no deserto

Passarim "avoou", "avoou", assentou lá do lado de lá
Xô passarim, xô sabiá, não deixe meu bem penar

Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho, voou, voou ...
A menina que gostava tanto do bichinho chorou, chorou ...
Sabiá fugiu pro terreiro, foi cantar no abacateiro
A menina pôs-se a chorar: - Vem cá sabiá, vem cá!
A menina diz soluçando: - Sabiá, estou te esperando!
Sabiá responde de lá: - Não chores que eu vou voltar!

Xô meu sabiá, xô minha zabelê ...

Sabiá fugiu da gaiola


Sabiá na gaiola
Hervê Cordovil e Mário Vieira







Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Voou, voou, voou, voou
E a menina que gostava tanto do bichinho,
Chorou, chorou, chorou, chorou

Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Voou, voou, voou, voou
E a menina que gostava tanto do bichinho
Chorou, chorou, chorou, chorou

Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho

Sabiá que saudade...
Volte logo pra ca.
Sabiá que saudade...
Quero ouvir teu cantar.


Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Voou, voou, voou, voou
E a menina que gostava tanto do bichinho
Chorou, chorou, chorou, chorou
Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Voou, voou, voou, voou
E a menina que gostava tanto do bichinho
Chorou, chorou, chorou, chorou
Sabiá fugiu do terreiro,
Foi cantar no abacateiro
E a menina pôs-se a cantar
Vem cá, sabiá, vem cá
A menina diz soluçando,
Sabiá estou te esperando,
Sabiá responde de lá,
Não chore que eu vou voltar...
Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho,
Sabiá lá na gaiola fez um buraquinho...
Sabiá que saudade...
Volte logo pra cá.
Sabiá que saudade...
Quero ouvir teu cantar.

Sabiá mais eu


Eu e o sabiá

Rick e Renner










Sabiá pediu pra cantar "mais eu",
Eu não quis cantar com o sabiá,
Sabiá não sabe cantar meu canto,
Eu não canto o canto desse sabiá,

Sabiá pediu pra cantar" mais eu,"
Eu não quis cantar com o sabiá,
Sabiá não sabe cantar o meu canto,
Eu não canto o canto desse sabiá,

Eu passei a mão na minha viola,
Fiz um verso enrolado para o sabiá,
De que que adianta cantar bonito,
Se canta,u bonito não sabe tocar,

Sabiá canto assim com o meu canto,
E depois voou só pra me mostrar,
De que que adianta tocar e cantar,
"Cê" toca e "cê" canta e não sabe voar,

Sabiá pediu pra cantar mais eu,
Eu não quis cantar com o sabiá
Sabiá não sabe cantar o meu canto
E eu não canto o canto desse sabiá

Sabia fez um ninho no galho do pau,
Fez do jeito que a chuva não vai derrubar,
E mora tranqüilo com a companheira,
Sem eira e nem beira, ele pode voar,

Também fiz um barraco em cima do morro,
Eu morro de inveja desse sabiá,
Se a mulher me largar, viola vira caco,
Até meu barraco ela vai me tomar.

Sabiá pediu pra cantar mais eu,
Eu não quis cantar com o sabiá
Sabia não sabe cantar o meu canto
E eu não canto o canto desse sabiá.


Sabiá

Sabiá
Luiz Gonzaga







A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)
Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)
Tendo um coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu)

A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)
Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)
Tendo um coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu)

Tu que anda pelo mundo (Sabiá)
Tu que tanto já voou (Sabiá)
Tu que fala aos passarinhos (Sabiá)
Alivia minha dor (Sabiá)

Tem pena d'eu (Sabiá)
Diz por favor (Sabiá)
Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)
Onde anda o meu amor
Sábia

A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)
Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)
Tendo um coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu)

A todo mundo eu dou psiu (Psiu, Psiu, Psiu)
Perguntando por meu bem (Psiu, Psiu, Psiu)
Tendo um coração vazio
Vivo assim a dar psiu
Sabiá, vem cá também (Psiu, Psiu, Psiu)

Tu que anda pelo mundo (Sabiá)
Tu que tanto já voou (Sabiá)
Tu que fala aos passarinhos (Sabiá)
Alivia minha dor (Sabiá)

Tem pena d'eu (Sabiá)
Diz por favor (Sabiá)
Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)
Onde anda o meu amor
Sábia

(Psiu, Psiu, Psiu)
(Psiu, Psiu, Psiu)

(Psiu, Psiu, Psiu)

(Sabiá)
(Sabiá)
(Sabiá)
(Sabiá)

Tem pena d'eu (Sabiá)
Diz por favor (Sabiá)
Tu que tanto anda no mundo (Sabiá)
Onde anda o meu amor
Sabiá

O Palhacinho

Eu vou contar a estória Do palhacinho Pimpão Era um palhaço engraçado Que só mexia com a mão Trá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá Trá, lá, lá...